Rio Grande do Sul – Mais de 200 bombeiros voluntários de 21 Municípios gaúchos se deslocaram para o Vale do Taquari, região bastante afetada pelo ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul.
As tropas foram apoiar a Defesa Civil Estadual na região, especialmente em Muçum e Roca Sales.
Segundo o presidente da Associação do Bombeiros Voluntários do Rio Grande do Sul (Voluntersul), Anderson Jociel da Rosa, atuam na área equipes dos Vales do Caí, Paranhana e Serra, além do Vales do Rio Pardo, Taquari e Alto Taquari, Centro-Serra, Zona Sul do Estado e da região do Planalto.
“Temos pessoal de corporações de 12 Municípios atuando nas duas cidades mais atingidas pela catástrofe.
Algumas das corporações já tinha pessoal no Vale do Taquari no dia seguinte do desastre e outras enviaram parte de seu pessoal logo após terminar o atendimento às enxurradas e cheias em suas cidades”, destaca Anderson da Rosa.
“Outras nove corporações estão enviando pessoal e equipamentos nesta quinta”, completa o presidente da Voluntersul, que também comanda a unidade de São Sebastião do Caí.
A estrutura dos bombeiros voluntários no Vale do Taquari inclui equipes fazendo a limpeza de prédios públicos e salões onde estão sendo colocados donativos vindos de todo o Estado.
É nessa cidade que a Voluntersul colocou o posto de comando dos voluntários, em um micro-ônibus da unidade voluntária de Riozinho.
Estrutura
“Estamos atuando dentro da estrutura do Estado, mas contamos com apoio também de outros grupos que vieram junto com os bombeiros voluntários”, explica Anderson da Rosa.
“Como o pessoal do rafting de três Coroas, que junto com bombeiros voluntários mergulhadores estão fazendo uma varredura no rio e afluentes, tendo encontrado um corpo agora pela manhã.
Sem falar em equipes de jipeiros e bombeiros voluntários especializados em busca e resgate em estruturas colapsadas (BREC), que estão atuando em varreduras nas cidades”, completa o presidente da Voluntersul.
As equipes localizaram dois corpos entre ontem e hoje na zona de desastre.
A força-tarefa dos voluntários conta também com caminhões auto bomba tanque (ABTs) com água potável e capacidade de ajudar a desobstruir pontos tomados pela lama.
Além de contarem com quatro ambulâncias e equipamentos de resgate.
As corporações de bombeiros voluntários são unidades mantidas pelas suas próprias comunidades, segundo modelo que é dominante na Europa, Estados Unidos e América Latina.
As unidades contam com pessoal que presta serviço voluntário, mas recebem todo o treinamento para atuação em operações de resgate e combate a incêndios.
No Brasil, o modelo está presente desde 1892 (tem 131 anos) e, no Rio Grande do Sul, atua desde 1977.
Segundo relatório da Voluntersul, no ano passado foram mais de 37 mil ocorrências atendidas por 52 unidades de bombeiros voluntários gaúchas – abrangendo desde incêndios residenciais até atendimentos a acidentes de trânsito, operações de busca e salvamento e outras.
Um trabalho que conta com mais de 1,5 mil voluntários se revezando em plantões diários nas cidades, com estruturas mantidas pelas comunidades.
Corporações que deslocaram equipes de bombeiros voluntários para Muçum e Roca Sales:
- Agudo
- Arroio do Tigre
- Arvorezinha
- Candelária
- Carlos Barbosa
- Garibaldi
- Igrejinha
- Marau
- Nova Hartz
- Nova Prata
- Novo Cabrais
- Rolante
- Riozinho
- Salvador do Sul
- São José do Ouro
- São Sebastião do Caí
- Sobradinho
- Tapejara
- Teutônia
- Três Coroas
- Vale Real