Tortura em vídeo: criminosos que amputaram dedos de mulher são condenados em SC

A tortura foi filmada e compartilhada nas redes sociais

Cinco pessoas foram condenadas por envolvimento em um caso de tortura extrema no Sul de Santa Catarina. O julgamento, que faz parte do esforço contínuo contra as organizações criminosas na região, resultou em penas que variam de 17 a 29 anos de reclusão. O crime, que aconteceu em março de 2023, chocou a região de Tubarão, quando uma mulher foi brutalmente agredida e teve os dedos decepados por membros de uma facção criminosa. A tortura foi filmada e compartilhada nas redes sociais pelos próprios criminosos como forma de intimidação.

A vítima, envolvida no tráfico de drogas para uma facção, teve parte do seu carregamento de drogas apreendido pela Polícia Militar. Após o ocorrido, os acusados começaram a extorquir a mulher, exigindo que ela pagasse pela droga “perdida”. Não satisfeitos com as ameaças, os criminosos, com autorização da hierarquia da facção, planejaram uma emboscada para punir a mulher.

A vítima foi convencida a se encontrar com os acusados no bairro Passagem, em Tubarão. Ao chegar no local combinado, foi agredida com socos e chutes, sendo imobilizada logo em seguida. Com uma faca cega, os criminosos amputaram três dedos da mão direita da mulher. A tortura foi registrada em vídeo e divulgada nas redes sociais, com o intuito de enviar uma mensagem de intimidação a outros membros e adversários da facção.

A ação resultou em condenações graves para os envolvidos. Os cinco réus, sendo três executores e dois membros da hierarquia da facção que autorizaram a tortura, foram considerados culpados pelos crimes de integrar organização criminosa, extorsão majorada e tortura qualificada. As penas somadas chegam a 113 anos de prisão. Algumas circunstâncias agravantes, como o uso de adolescentes para o crime, a emboscada armada e a divulgação pública da tortura, contribuíram para o aumento das penas dos réus.

Todos os réus estão presos preventivamente e não poderão recorrer em liberdade.

Fonte: SCC10

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