Stalker de casal em SC passará por exame psiquiátrico

O caso teria começado há cerca de cinco anos, quando a mulher fez uma consulta com o dentista, que viria a se tornar uma das vítimas

A Justiça aceitou a denúncia contra uma mulher acusada de perseguir um casal em Itapema e determinou um exame de insanidade mental para avaliar a condição psíquica. A stalker, que está presa preventivamente, teria cometido crimes de perseguição, ameaça e desobediência, descumprindo medidas cautelares já impostas anteriormente.

A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Itapema e aceita pelo Juízo da Vara Criminal da cidade na quinta-feira (13).

Além da condenação, o MPSC solicita uma indenização correspondente aos danos sofridos pelas vítimas, cujo valor será definido ao longo do processo.

A Justiça também deferiu o pedido do Ministério Público para que a mulher passe por um exame de insanidade mental no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico, em Florianópolis. Com isso, a ação penal ficará suspensa até a conclusão da avaliação e uma nova decisão judicial.

Stalker deveria manter distância de casal

A ré já havia sido notificada, em 7 de janeiro, de que deveria manter distância mínima de 200 metros das vítimas, além de estar proibida de mencioná-las nas redes sociais ou qualquer outro meio de comunicação.

No entanto, ela descumpriu as determinações ao publicar na internet diversas citações com os nomes das vítimas, além de enviar dezenas de mensagens ao homem via e-mail.

Diante disso, o Ministério Público solicitou a prisão preventiva, que foi decretada no dia 3 de fevereiro. A decisão foi baseada na necessidade de garantir a segurança das vítimas e impedir que as ações criminosas continuassem.

Perseguição começou há cinco anos

O caso teria começado há cerca de cinco anos, quando a mulher fez uma consulta com o dentista, que viria a se tornar uma das vítimas.

A partir desse momento, ela teria criado uma obsessão e passado a idealizar um relacionamento fictício com ele. Quando o dentista começou a namorar, a companheira também se tornou alvo de perseguições.

Ao longo dos anos, a ré teria utilizado perfis falsos para enviar mensagens, fazer ataques e até comparecer clandestinamente aos locais frequentados pelas vítimas.

O Ministério Público sustenta que as ações da denunciada configuram crimes de perseguição (stalking), ameaça e desobediência.

Além da prisão preventiva, a Justiça determinou que a rede social Facebook remova a publicação em que a ré divulgava a decisão judicial que impôs as medidas cautelares contra ela.

O processo segue agora aguardando a realização do exame psiquiátrico para definir os próximos passos.

Fonte: SCC10

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