Polícia Federal cumpre mandados em diversos estados do Brasil, incluindo Santa Catarina
A Polícia Federal (PF) efetuou a prisão do pastor Dirlei Paiz, residente em Blumenau, durante a 14ª fase da Operação Lesa Pátria, conforme informou a NSC TV.
A ação policial tem como propósito identificar indivíduos que incitaram, participaram e estimularam os eventos ocorridos em 8 de janeiro, na capital federal, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos.
A operação, coordenada pelo Supremo Tribunal Federal, está sendo executada em diversos estados brasileiros, incluindo Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal.
Em Santa Catarina, estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão.
Investigações
As investigações abordam supostos crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido, além de crimes previstos na lei de terrorismo.
Nesta fase da operação, os alvos são suspeitos de promoverem o movimento conhecido como “Festa da Selma”, uma designação que, de acordo com as apurações, era utilizada para organizar as invasões.
O termo era empregado para convocar participantes, coordenar o transporte até os locais invadidos, fornecer coordenadas e instruções detalhadas sobre a invasão aos edifícios públicos.
Mensagens veiculadas também encorajavam os envolvidos a se prepararem para confrontos com as forças de segurança e defendiam ações como “ocupar o Congresso” e “derrubar o governo constituído”.
A prisão do pastor
O pastor Dirlei Paiz, que ocupa o cargo de coordenador técnico no gabinete do presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau, Almir Vieira, foi detido na manhã desta quinta-feira, 17 de agosto.
Paiz é conhecido por sua afinidade com o presidente Jair Bolsonaro e já teve suas fotos publicadas ao lado do filho do ex-presidente, Jair Renan.
A NSC TV obteve confirmação da prisão por meio de contato telefônico com a esposa de Dirlei Paiz.
A reportagem também procurou o advogado do pastor, que está se inteirando sobre a situação.
Quem é o pastor Dirlei Paiz
O presidente da Câmara de Vereadores de Blumenau afirmou que o pastor atuava no gabinete há aproximadamente 40 dias e que sua contratação ocorreu sem conhecimento de antecedentes.
Diante das informações sobre a prisão, o parlamentar destacou que tomará as medidas adequadas e encaminhará o caso ao setor jurídico.
Além de suas responsabilidades atuais, Dirlei Paiz já exerceu o papel de assessor parlamentar e colaborou com outros deputados anteriormente, conforme detalhou o presidente Almir Vieira.
Segundo ele, o pastor também demonstrou interesse em se candidatar ao cargo de vereador.
A Operação Lesa Pátria segue em andamento, com a PF buscando aprofundar as investigações e identificar todos os envolvidos nos atos ocorridos em 8 de janeiro.