Investigação confirma que assassinato foi premeditado
Melissa Campos, de 14 anos, foi morta dentro de uma escola particular em Uberaba, no Triângulo Mineiro. O crime chocante aconteceu no dia 8 de maio e ganhou novos detalhes nesta quarta-feira (21), após a divulgação do caso pela Polícia Civil de Minas Gerais.
Segundo a investigação, momentos antes do assassinato, Melissa recebeu de dois colegas da mesma idade um bilhete com o que chamaram de “sentença de morte”. No papel, diziam que ela seria morta por estrangulamento. Em seguida, um dos adolescentes atacou a jovem com uma faca e a atingiu no coração. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda na escola.
Após o crime, o autor saiu da sala caminhando. Horas depois, ele foi encontrado na rodovia AMG-2595. À polícia, confessou o assassinato e revelou o nome do outro colega que participou da ação.
Os dois foram apreendidos — um em flagrante no dia do crime e o outro posteriormente, com autorização da Justiça. Eles respondem por ato infracional análogo ao crime de homicídio e permanecem internados por decisão da Vara da Infância e Juventude em Uberaba. De acordo com a Polícia Civil, a investigação mostrou que o crime foi planejado com antecedência. Durante buscas nas casas dos adolescentes, a polícia apreendeu cadernos, equipamentos eletrônicos e até um plano de fuga escrito à mão.
O delegado responsável, Cyro Outeiro Pinto Moreira, destacou que as câmeras da escola mostram os dois jovens agindo de forma coordenada e que os outros alunos não perceberam o que estava acontecendo.
“A vítima foi surpreendida por um golpe de faca no peito, após receber um bilhete com uma sentença de morte. As imagens das câmeras de segurança mostram a atuação dos dois adolescentes de forma coordenada. Outros alunos presentes estavam alheios ao ocorrido”, afirmou o delegado Moreira.
Em entrevista coletiva, representantes da Polícia Civil, Polícia Militar e do Ministério Público reforçaram que o caso é considerado isolado e que não há risco para outros alunos. Segundo o promotor Diego Martins Aguillar, não foram encontradas listas com nomes de outras possíveis vítimas.
*Com informações de Massa | SBT
Fonte: SCC10
