Crime aconteceu no começo da manhã desta segunda-feira (4), horas antes das prisões
Os suspeitos de assassinar Marcos Gama Barroso, 45 anos, em Indaial, foram presos em Registro (São Paulo), no começo da tarde desta segunda-feira (4), horas depois do crime. O grupo matou o homem na frente de uma creche, no começo da manhã. Uma mãe e uma criança de quase quatro anos que estavam próximo ao local foram atingidas nas pernas e precisaram passar por cirurgia. Para a polícia, houve uma execução, sem relação com a Unidade de Educação Infantil.
Perto das 7h30min, enquanto crianças chegavam à unidade de ensino, um carro branco passou pelo Jeep Renegade onde Marcos estava ao deixar a filha e a esposa na creche. As imagens mostram que o veículo branco para, dois homens descem e fazem os disparos. Foram mais de 15. Marcos morreu na hora e o Jeep, desgovernado, parou do outro lado da rua. A situação gerou corre-corre e desespero. As aulas foram suspensas no educandário do bairro Tapajós nesta segunda por conta do ocorrido.
Desde o episódio, a Polícia Militar diz ter trocado informações com batalhões de outras cidades, como Blumenau. Assim, foi feito um acompanhamento remoto do veículo dos suspeitos e, em São Paulo, policiais fizeram a abordagem. Os detidos teriam confessado o crime, contou a PM, mas eles devem ser ouvidos formalmente pela Polícia Civil de Indaial. Ainda não foi confirmado se os três ocupantes foram presos ou apenas os dois que descem do automóvel para efetuar os disparos.
Quem era a vítima
Conhecido como “Marcola”, o homem morto em Indaial era procurado pela polícia do Amazonas, onde integrava uma facção criminosa. Ele teria deixado a organização do Amazonas e trocado de facção, o que pode ter motivado a execução, acredita a Polícia Civil.
Segundo o comandante da PM, Mário Elias, ele era considerado foragido no Amazonas. Na internet, a polícia divulgou há quase dois anos fotos de Marcola na tentativa de obter pistas dele:
— Ele tem histórico de envolvimento com tráfico de drogas, inclusive tem mandado de prisão pelo crime de homicídio. Então ficou bem claro que é um fato relacionado com o passado dele. Ele claramente era o alvo — declarou o tenente-coronel.
Marcola morou em Navegantes antes de se mudar para Indaial e as ameaças teriam começado já no Litoral, contou a Civil.
Fonte: NSC TOTAL