Após um ano e sete meses do trágico homicídio de Luna Gonçalves, de 11 anos, os acusados enfrentaram o tribunal. O julgamento teve início às 10h30 desta quinta-feira, dia 16 de novembro, no Fórum de Timbó, situado na rua Honorato Tonolli, 177, no bairro das Nações.
Logo após o início do julgamento, a defesa do padrasto informou que uma dos jurados havia se manifestado sobre o caso nas redes sociais. Diante disso, após comum acordo entre todas as partes, a jurada foi substituída e o julgamento prosseguiu.
Após depoimento dos reús, foram ouvidas as testemunhas, defesa, acusação e promotoria, que apresentaram os fatos no inquérito.
Por fim, após um julgamento que comoveu os jurados, o promotor Alexandre Daura Seratine, e até a advogada de defesa, Luise Valerim de Freitas, teve finalmente seu final anunciado pelo juíz Ubaldo Ricardo da Silva Neto, que ocorreu por volta das 2 horas da madrugada de sexta-feira, 17.
Sentença
O padrasto foi condenado a uma pena de 56 anos, 10 meses e 23 dias, em regime inicialmente fechado. Além de 7 meses de detenção em regime aberto e 20 dias multa.
Já a mãe foi condenada a uma pena de 14 anos em regime inicialmente fechado, além de 6 meses de detenção em regime aberto e 20 dias multa.
Relembre o caso
O crime, ocorrido em 13 de abril de 2022, revelou que o padrasto, também professor de artes marciais, agrediu Luna com socos, chutes, cotoveladas e uma mangueira, deixando marcas em seu corpo.
Mesmo após a menina ficar inconsciente, as agressões prosseguiram, resultando em sua morte. Inicialmente, o casal alegou que Luna havia caído de uma escada, mas a autópsia revelou sinais de violência.
Após a morte da criança, mãe e padrasto tentaram apagar evidências dos celulares e limpar o local do crime.
Investigações revelaram que professores suspeitavam das agressões sofridas por Luna em casa, motivando o pedido de transferência da criança, que passou todo o mês de abril fora da escola. De acordo com a polícia, o padrasto foi o único homem que teve contato com a menina nesse período.
