Agronegócio no Alto Vale do Itajaí enfrenta perdas de cerca de R$ 450 milhões após as enchentes

A atividade de agronegócio, que representa uma das principais fontes econômicas do Alto Vale do Itajaí, foi duramente afetada pelas recentes enchentes que devastaram a região. 

Os agricultores agora enfrentam perdas significativas, já que suas plantações e criações de gado foram submersas pelas águas das cheias.

Agronegócio no Alto Vale do Itajaí enfrenta perdas de cerca de R$ 450 milhões após as enchentes

Segundo Almir Kroger, gerente regional da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina), uma estimativa realizada nesta quarta-feira, 18, apontou uma perda substancial.

“A nível de região, a gente tem uma estimativa que cerca de R$ 450 milhões vão deixar de circular na economia. 

Isso é muito dinheiro perdido, embora haja aspectos que possam ser recuperados, como replantar as culturas. 

Contudo, esse valor não será mais injetado na economia local, e isso se deve às perdas irreversíveis.”

Segundo o gerente, as cidades mais afetadas foram Rio do Oeste e Taió, onde as principais culturas são arroz, fumo e leite.

Essas regiões têm o arroz e o fumo como carro-chefe, mas ambos sofreram com o afogamento das plantações devido às enchentes.

Segundo a Epagri, cerca de 30% da área foi afetada. Com a necessidade de reformar as arrozeiras, uma vez que pontos de irrigação foram rompidos e estão inutilizáveis, essa perda representa custos altos.

Agronegócio no Alto Vale do Itajaí enfrenta perdas de cerca de R$ 450 milhões após as enchentes

Kroger estima que aproximadamente 20% da safra de fumo, que estava em pleno desenvolvimento, foi perdida. 

No entanto, quanto à produção de milho e soja na região do Alto Vale, Almir comenta que é cedo para prever o prejuízo, mas acredita que não será muito significativo.

A produção de leite, especialmente em Rio do Oeste e Laurentino, também foi duramente afetada.

“Temos localidades onde ainda não conseguem coletar leite, como em Rio do Oeste, onde até hoje não conseguem retirar o leite das propriedades. 

Eles aproveitaram o que foi possível, mas uma parte está sendo descartada, resultando em prejuízos consideráveis.”

O gerente regional também mencionou que a Epagri aguarda as ações do Governo de Santa Catarina em relação aos danos sofridos pelas pessoas que atuam no agronegócio na região.

Segundo Kroger, o Governo do Estado lançará alguns programas de incentivo aos agricultores.

No entanto, os detalhes dos programas ainda não foram definidos.

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