O corpo da mulher foi encontrado pelas filhas dentro de casa.
O Tribunal do Júri em Blumenau está programado para julgar nesta quarta-feira (13), um caso de feminicídio que chocou a cidade em outubro de 2019. O réu, ex-namorado da vítima Bernardete Libardo, enfrenta acusações graves relacionadas à morte dela.
Originalmente programado para janeiro de 2022, o julgamento foi adiado devido a um teste positivo para COVID-19 da juíza encarregada na época, como anunciado pela NDTV. Amanhã (13), este trágico caso finalmente chegará aos tribunais, com o início do julgamento marcado para as 9h da manhã.
De acordo com o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o acusado enfrenta alegações de ter assassinado brutalmente Bernardete Libardo a facadas devido à recusa dela em manter o relacionamento. O corpo da vítima foi descoberto em sua própria residência, no bairro Nova Esperança, em Blumenau.
À época dos eventos, Bernardete era uma figura proeminente como presidente da Associação dos Moradores do bairro Nova Esperança. Sua memória foi honrada pelo legislativo local, que nomeou a sala da Procuradoria Especial da Mulher da Câmara de Vereadores em sua homenagem.
A vítima, uma defensora dos direitos da mulher e do idoso em Blumenau, foi encontrada com ferimentos de faca no peito e no pescoço. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que o suspeito desembarcou de um carro estacionado próximo à residência da vítima.
O delegado encarregado do caso declarou que o principal suspeito é o ex-namorado de Bernardete, e a motivação por trás desse ato violento parece ter sido a dissolução do relacionamento.
“Minha mãe dizia que ele jamais faria mal“, relembra Fernanda Silva, uma das filhas de Bernardete. Ela compartilhou suas memórias da mãe como uma pessoa incrível, sempre pronta para receber amigos e familiares em sua casa.
“Ela amava receber as pessoas na casa dela, o lugar onde ela mesma chamava de descanso”, acrescentou.
Fernanda também revelou que sua mãe havia mantido um relacionamento com o acusado por quatro meses, e após o término, a perseguição começou.
“Minhas outras duas irmãs eram mais novas na época e tiveram que sair de casa, pois foram elas que encontraram o corpo da minha mãe“, lamentou Fernanda Silva.