Ação realizada com a chegada das baixas temperaturas visa também estimular os instintos das espécies
ZOO POMERODE – Enquanto os chimpanzés ganham cobertores, o tamanduá-bandeira se aconchega na cama de feno, a cobra píton se aninha na toca e as araras degustam pinhão e coco.
Poderia ser cena de desenho animado, mas faz parte do cotidiano do Bioparque Zoo Pomerode. As ações passaram a ser realizadas com a chegada das baixas temperaturas. Com elas, é garantido o conforto térmico dos animais durante o Inverno.
Chamada de enriquecimento ambiental estrutural, a atividade engloba o acréscimo de materiais naturais nos habitats como camas de feno, tablados e montes de folhas, para que os animais mantenham o corpo aquecido. Na parte interna dos recintos, chamada de área de manejo, é utilizado um sistema de aquecimento que oferece a temperatura ideal, principalmente para o período noturno.
Além da adaptação no habitat e da parte interna do recinto estar aquecida, para os chimpanzés também são oferecidos os cobertores.
“Eles receberam os cobertores para se manterem quentinhos nos dias frios”, comenta a bióloga do Bioparque Zoo Pomerode, Priscila Weber Maciel.
A bióloga explica que até para os répteis realizam ações em busca do conforto térmico nessa época do ano e, por isso, instalam no habitat tocas artificiais aquecidas. “Os répteis demandam cuidados especiais também. Aliás, eles dependem muito da temperatura do ambiente para a regular a do corpo, e assim podem escolher onde preferem ficar”, afirma.
Alimentação de Inverno
A dieta dos animais do Bioparque Zoo Pomerode ganha um acréscimo nessa época do ano. As aves e os primatas, por exemplo, passam a receber pinhão, castanhas, milho e coco, além dos seus alimentos do dia a dia. “Para manter a temperatura do corpo, muitos animais gastam mais energia. Por isso, se faz necessário realizar esse aumento energético”, conta.